Mateus 28.9
Encontrar o mestre logo após o
episódio da ressurreição proporcionou aos participantes dos acontecimentos que
envolveram aquele contexto de grande relevância para o cristianismo, uma aura
de convergência maravilhosa pela sublime e singular presença física de Jesus na
pós-materialidade da crucificação do Senhor e salvador Jesus Cristo, que para
muitos era motivo de espanto, de assombro.
Ex-post facto, ou seja, depois destes
acontecimentos ocorreu o âmago da centralidade desse texto, o caloroso encontro
entre o Jesus morto e desaparecido e aqueles que o viram face a face sob o
argumento do texto sagrado em pressurosa vontade pela alegria de tão grande e
desejoso encontro com o presente e ressurreto salvador; o Senhor Jesus Cristo.
Por esta forma, podemos afirmar que um
encontro verdadeiro com o mestre proporciona ao participante desse encontro uma
transformação comportamental excelente na vida daqueles que querem
seguir a Cristo, um comprometimento pessoal valoroso em níveis aceitáveis na
execução do serviço cristão na obra de Deus.
Em tempos de crises existenciais
ocasionados por catástrofes quer sejam naturais ou provocadas pelo homem, dois
sentimentos intrínsecos emergem da natureza humana: o primeiro é movido pelo
assombro, pelo temor e as perdas irreparáveis – o retraimento circunstancial; o segundo pela conformação, por
autoajuda e pela solidariedade – a visibilização
da aceitação da realidade.
Estes sentimentos provocados pelas
catástrofes existenciais moldam o ser humano levando-o a reflexão mais profunda
de um relacionamento com o criador, fazendo-o pausar, mensurar o propósito de
sua existência em relação ao seu semelhante e sua situação em relação ao Deus
eterno criador de todas as coisas.
Olhando para o salvador, percebemos
em Jesus um desejo glorioso de encontrar-se com aqueles que anelam por um encontro
verdadeiro, desinteressado de coisas materiais, das coisas pelas quais ele ordenou
que nos afastássemos e buscássemos em primeiro lugar o seu reino e a sua
justiça, Mateus 6.33. Contudo, esse deve ser um encontro recheado de comunhão, de
alegria no espírito e de adoração sem medida. Saindo Jesus ao encontro das
mulheres que foram vê-lo saudou-as amorosamente dizendo: Salve. Mateus 28.9.
Essa saudação de Jesus exprime um
comprometimento com o próximo, uma relação de afeição fraternal: Você está bem?
Como vai sua saúde? Quantas pessoas neste momento estariam necessitadas de
ouvir um salve de Jesus? Com certeza essa saudação de Jesus acalmaria muitos
corações angustiados, aflitos, ansiosos, atormentados, cheios de cólera, de
ira, de contendas, de separações, crises familiares, e as mais diversas formas
de intolerância adotadas por homens e mulheres sem a perspectiva de um encontro
amistoso na presença do grande Rei.
Interessante é e notável, aqueles que
mesmo havendo estado com o mestre duvidaram da presença real do Senhor
ressurreto, Mateus 28.17. Como há pessoas que precisam ouvir um salve de Jesus!
Como há descrentes até mesmo entre os escolhidos por Deus! Vemos em Tomé um ícone de incredulidade, muito
embora fosse participante do ministério de Cristo; dez espias duvidaram da
possessão da terra que mana leite e mel, terra onde a nação de Israel colhe
alimentos dos quais jamais alguém pensou plantar no deserto;
Aquelas mulheres caíram aos pés do
Salvador, abraçaram seus pés, o adoraram com amor sacrifical, o desígnio
divinal mostra um encontro entre Mestre e servo, Senhor e criatura, entre o
Deus-homem e o homem natural. Esse encontro anunciaria a toda à humanidade a
vitória sobre a morte pelo evento sobrenatural da ressurreição de Jesus Cristo.
As grandes catástrofes como terremotos,
as tsunamis, o temor da crise mundial e as fraquezas existenciais podem afetar
a humanidade em seus graus e nuanças ou pela incidência dos seus acontecimentos,
no entanto aqueles sentimentos intrínsecos que afetam a humanidade serão
vencidos após um encontro verdadeiro com Jesus, após um salve de comunhão, de
alegria, de bem estar e de passar bem, atenuando os tormentos da nossa alma,
aliviando as feridas espirituais e aparando os verdugos da nossa insensatez.
Jesus sabe com maestria tocar o
coração das pessoas após um encontro pessoal. Nicodemos, mestre em Israel,
ficou maravilhado após um encontro que lhe revelou a verdade sobre o novo
nascimento. João 3.4; o centurião creu na força e no
poder de Jesus para curar seu criado, foi ao encontro de Jesus sentiu o efeito
do seu poder e saiu maravilhado. Mateus 8.13; certa mulher atemorizada por
haver tocado o mestre sabendo que ficara curada temeu o questionamento de
Jesus. Quem me tocou? Prostrada diante de Jesus declarou-lhe a verdade daquilo
que se lhe sucedera – a cura. Jesus compadecido de um sofrimento de doze anos
tem um comportamento paternal, filha, a tua fé te salvou, vai-te em paz, fica
livre desse mal. Marcos 5.33,34.
Diante dessa exposição das verdades
acerca de um encontro verdadeiro com Jesus Cristo, qual a sua posição em
relação a sua vida no reino de Deus? Você prefere encontra-se com Jesus ou vai
postergar esse encontro? Certo grupo de jovens com 242 mortos em contagem
parcial e outros oitenta internados, não estavam interessados encontrar-se com
Jesus, resultado: perdas de vida e gravidades horrendas, perspectivas sombrias de
perecimento pós-catástrofes e ajuste pessoal repentino com o Senhor da vida.
Tenha coragem, marque um encontro com
Jesus, deixe-o inundar seu coração de paz, de alegria e de felicidades. O
resultado desse encontro será: eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém. Mateus 28.20.
Presbítero Saul
Bezerra
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