Mas, se o Senhor criar alguma coisa nova, e a terra
abrir a boca e os tragar com tudo o que é deles, e vivos descerem ao Seol,
então compreendereis que estes homens têm desprezado o Senhor. N0 16.30
Comumente
aparecem pessoas na Igreja sem formação eclesial e qualificações necessárias ao
ministério sagrado. Habilitam-se suposta e pretensamente “ajudar a construir” a
obra de Deus, mas com o passar de algum tempo resolvem alçar voos aos quais não
estão aptos nem preparados a alcança-los. Estas pessoas estão dispostas a fazer a qualquer
custo, de qualquer maneira e como bem lhes convier, estabelecer seus projetos
pessoais, passando a desobedecer por deliberação própria aqueles que muitas
vezes os ampararam, ofereceram apoio e lhes deram oportunidades, zelaram por
suas vidas espirituais diante de Deus trabalhando para a unidade do corpo conforme
os preceitos estabelecidos pelo Senhor.
Essa é a
ação mais comum dessas criaturas – os
rebeldes, a ingratidão! Isto é o que vemos nos quase nove anos de
ministério implantando um trabalho pioneiro no Senhor. Percebemos que aquelas
pessoas que mais querem demonstrar aspectos de santidade e vida ilibada, são as
que são mais intolerantes, mais errantes e querem estar em evidencia na casa de
Deus – os antiéticos. Esse tipo de comportamento na igreja de um
modo geral é movido por uma prática egoísta contra a liderança escolhida por decreto
divino, elas querem um líder perfeito, cada um a seu modo, método e forma, com
as músicas que gostam, as mensagens que preferem ouvir ainda que,
constantemente, faltem ou cheguem atrasadas as reuniões e convocações do Senhor,
quando as coisas lhes são favoráveis elas chegam cedo, no mais são irrelevantes.
Como
alguém com a pretensão de servir a Deus pode afrontar a liderança de sua
Igreja? Realizar trabalhos religiosos que rivalizam com a Igreja a que pertence,
congrega ou tem proximidade? Realizar ações que são de exclusividade pastoral
como: arrecadar fundos, realizar batismos, administrar recursos a seu bel
prazer, sonegar o dízimo que deve entregar a Deus, entre outros. A rebelião
contra a liderança de uma Igreja é uma rebelião contra Deus, vejamos o caso de
Datã, Corá e Abirão. Estes homens se rebelaram contra a autoridade de Moisés,
constituído por Deus. Vejamos as ações e os resultados dessa rebelião:
1.
A primeira
ação de um rebelde é a desobediência.
“Não subiremos” Números 16.12 e 14; 16.19.
2.
Segundo é
a cooptação de indivíduos para o seu
lado, praticam o proselitismo religioso,
com o intuito de separar os seus pares.“...tomaram certos homens. Números 16.1;
levantaram-se perante Moisés, juntamente com duzentos e cinquenta homens dos
filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à assembleia, varões de
renome” Números 16.2;
3.
Terceiro
é que eles afrontaram a autoridade
de Moisés diante de Deus. “... e,
ajuntando-se contra Moisés e contra Arão, “disseram-lhes: Demais é o que vos
arrogais a vós, visto que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e
o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a assembleia do
Senhor?”.
Contextualizando
os dias atuais não há diferença, que o digam os pastores, os presbíteros e
obreiros designados pela Igreja, promotora dos desígnios do soberano criador, o
eterno Senhor, aos quais deveriam submeter-se em amor, antes pelo contrário, urgem
desobedecer, afrontar, persuadir praticando proselitismo exacerbado, sem medir
as consequências dos seus atos.
“E isso é algo intolerável do ponto de vista da
ética cristã e do amor de Jesus Cristo, pois o Senhor disse:
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu
irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu ou ver (grifo
nosso), como pode amar a Deus, a quem não viu?”- I Jo 4.20; 2.9-10.
Fonte: Pr. José Roberto
de Melo é Bacharel em Teologia, Professor, Escritor e Graduado em Direito.
http://filhosdeezequiel.com/o-proselitismo-religioso-praticado-nas-igrejas/”
acessível
em 16.12.14 12:32.
Antes de vermos os resultados dessa
rebeldia, atentemos para o comportamento do servo de Deus: Moisés não se
alegrou com a decisão de Deus, antes temeu, caindo com o rosto em terra. Números 16.4; Moisés curva-se diante da soberania de
Deus, se submete a sua escolha (7). Moisés interroga aos filhos de Levi o desejo
pelo sacerdócio, já que eram separados para cuidarem do templo (8,10); Moisés
reafirma diante de Deus nada haver recebido deles nem lhes feito mal (15);
aquele que é enviado de Deus sabe da seriedade do eterno em relação à
obediência, ele clama a Deus por misericórdia (22,45); “Moisés adverte a congregação a sair do lugar onde eles estavam e que
não tocassem em nada para não perecer com eles” (26). O homem de Deus vê o
melhor para o seu povo. Vejamos agora os resultados:
1.
“A terra abriu a boca e os tragou com as suas famílias, como
também a todos os homens que pertenciam a Corá, e a toda a sua fazenda” (32). 2. Os rebeldes desceram ao Sheol (inferno), como também os duzentos
e cinquenta seguidores (33,35). Esse é o resultado pelo que Moisés temia, por
isso caiu por terra humilhando-se e clamando por misericórdia. Todo esse
resultado mortífero é fruto da desobediência e da antiética no reino de Deus.
Cair na mão de Deus é como ser capturado por uma águia, ela trava suas garras
imobilizando a presa, assim Deus castiga os rebeldes, que pelo espreitar e nada
acontecer, pensa que Deus se esquece, contudo, no momento certo Deus ajusta a
dívida.
Percebemos pela palavra de Deus o quanto
o Senhor vela pela obediência dos seus filhos. O escritor do livro aos hebreus
disse que o Senhor Jesus Cristo aprendeu a obediência por meio do sofrimento,
Hebreus 5.8. Aqueles que se insurgiram contra o escolhido de Deus estavam no
meio da congregação e saíram dela direto para o inferno. Quanto homens e
mulheres tem recebido duro castigo de Deus por se insurgirem contra os
escolhidos? Esse princípio de obediência é exigido por Deus na atualidade, suas
consequências passarão pelo crivo do criador.
Só resta aos escolhidos clamar por misericórdia
como o fez Moisés. “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”.
Hebreus 10.31.
Pb.
Saul Bezerra
CES
– 26.12.14
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