terça-feira, 14 de junho de 2016





Mas, se o Senhor criar alguma coisa nova, e a terra abrir a boca e os tragar com tudo o que é deles, e vivos descerem ao Seol, então compreendereis que estes homens têm desprezado o Senhor. N0 16.30

Comumente aparecem pessoas na Igreja sem formação eclesial e qualificações necessárias ao ministério sagrado. Habilitam-se suposta e pretensamente “ajudar a construir” a obra de Deus, mas com o passar de algum tempo resolvem alçar voos aos quais não estão aptos nem preparados a alcança-los.  Estas pessoas estão dispostas a fazer a qualquer custo, de qualquer maneira e como bem lhes convier, estabelecer seus projetos pessoais, passando a desobedecer por deliberação própria aqueles que muitas vezes os ampararam, ofereceram apoio e lhes deram oportunidades, zelaram por suas vidas espirituais diante de Deus trabalhando para a unidade do corpo conforme os preceitos estabelecidos pelo Senhor.

Essa é a ação mais comum dessas criaturas – os rebeldes, a ingratidão! Isto é o que vemos nos quase nove anos de ministério implantando um trabalho pioneiro no Senhor. Percebemos que aquelas pessoas que mais querem demonstrar aspectos de santidade e vida ilibada, são as que são mais intolerantes, mais errantes e querem estar em evidencia na casa de Deus – os antiéticos. Esse tipo de comportamento na igreja de um modo geral é movido por uma prática egoísta contra a liderança escolhida por decreto divino, elas querem um líder perfeito, cada um a seu modo, método e forma, com as músicas que gostam, as mensagens que preferem ouvir ainda que, constantemente, faltem ou cheguem atrasadas as reuniões e convocações do Senhor, quando as coisas lhes são favoráveis elas chegam cedo, no mais são irrelevantes.  

Como alguém com a pretensão de servir a Deus pode afrontar a liderança de sua Igreja? Realizar trabalhos religiosos que rivalizam com a Igreja a que pertence, congrega ou tem proximidade? Realizar ações que são de exclusividade pastoral como: arrecadar fundos, realizar batismos, administrar recursos a seu bel prazer, sonegar o dízimo que deve entregar a Deus, entre outros. A rebelião contra a liderança de uma Igreja é uma rebelião contra Deus, vejamos o caso de Datã, Corá e Abirão. Estes homens se rebelaram contra a autoridade de Moisés, constituído por Deus. Vejamos as ações e os resultados dessa rebelião:
1.    A primeira ação de um rebelde é a desobediência. “Não subiremos” Números 16.12 e 14; 16.19.
2.    Segundo é a cooptação de indivíduos para o seu lado, praticam o proselitismo religioso, com o intuito de separar os seus pares.“...tomaram certos homens. Números 16.1; levantaram-se perante Moisés, juntamente com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à assembleia, varões de renome” Números 16.2;
3.    Terceiro é que eles afrontaram a autoridade de Moisés diante de Deus. “... e, ajuntando-se contra Moisés e contra Arão, “disseram-lhes: Demais é o que vos arrogais a vós, visto que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a assembleia do Senhor?”.
Contextualizando os dias atuais não há diferença, que o digam os pastores, os presbíteros e obreiros designados pela Igreja, promotora dos desígnios do soberano criador, o eterno Senhor, aos quais deveriam submeter-se em amor, antes pelo contrário, urgem desobedecer, afrontar, persuadir praticando proselitismo exacerbado, sem medir as consequências dos seus atos.
“E isso é algo intolerável do ponto de vista da ética cristã e do amor de Jesus Cristo, pois o Senhor disse:
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu ou ver (grifo nosso), como pode amar a Deus, a quem não viu?”- I Jo 4.20; 2.9-10.
Fonte: Pr. José Roberto de Melo é Bacharel em Teologia, Professor, Escritor e Graduado em Direito.
Antes de vermos os resultados dessa rebeldia, atentemos para o comportamento do servo de Deus: Moisés não se alegrou com a decisão de Deus, antes temeu, caindo com o rosto em terra. Números 16.4; Moisés curva-se diante da soberania de Deus, se submete a sua escolha (7). Moisés interroga aos filhos de Levi o desejo pelo sacerdócio, já que eram separados para cuidarem do templo (8,10); Moisés reafirma diante de Deus nada haver recebido deles nem lhes feito mal (15); aquele que é enviado de Deus sabe da seriedade do eterno em relação à obediência, ele clama a Deus por misericórdia (22,45); “Moisés adverte a congregação a sair do lugar onde eles estavam e que não tocassem em nada para não perecer com eles” (26). O homem de Deus vê o melhor para o seu povo. Vejamos agora os resultados:
1. “A terra abriu a boca e os tragou com as suas famílias, como também a todos os homens que pertenciam a Corá, e a toda a sua fazenda” (32). 2. Os rebeldes desceram ao Sheol (inferno), como também os duzentos e cinquenta seguidores (33,35). Esse é o resultado pelo que Moisés temia, por isso caiu por terra humilhando-se e clamando por misericórdia. Todo esse resultado mortífero é fruto da desobediência e da antiética no reino de Deus. Cair na mão de Deus é como ser capturado por uma águia, ela trava suas garras imobilizando a presa, assim Deus castiga os rebeldes, que pelo espreitar e nada acontecer, pensa que Deus se esquece, contudo, no momento certo Deus ajusta a dívida.
Percebemos pela palavra de Deus o quanto o Senhor vela pela obediência dos seus filhos. O escritor do livro aos hebreus disse que o Senhor Jesus Cristo aprendeu a obediência por meio do sofrimento, Hebreus 5.8. Aqueles que se insurgiram contra o escolhido de Deus estavam no meio da congregação e saíram dela direto para o inferno. Quanto homens e mulheres tem recebido duro castigo de Deus por se insurgirem contra os escolhidos? Esse princípio de obediência é exigido por Deus na atualidade, suas consequências passarão pelo crivo do criador.
Só resta aos escolhidos clamar por misericórdia como o fez Moisés. “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. Hebreus 10.31.
Pb. Saul Bezerra
CES – 26.12.14

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