terça-feira, 14 de junho de 2016

Pregação ou Entretenimento?

Pregação ou Entretenimento?

Alguns seguimentos da Igreja da atualidade estão passando por uma crise de identidade para se auto definir em sua linha de doutrinamento e expressão espiritual no corpo de Cristo.
Nessa miscelânea pelo qual passa o cristianismo contemporâneo, onde há um grande nicho denominacional e de gênero doutrinário, há basicamente duas vertentes protestantes em mais evidência: os reformados, de origem didática e instrução calvinista e os pentecostais, de pedagogia mais empírica, influenciada pelo arminianismo. Ambos são servos, chamados, escolhidos e salvos pela graça do bondoso Deus, designados pelo grande valor agregado, irresistível e persuasivo do Espírito Santo comissionando-os para pregar as boas novas do evangelho de Deus a todo mundo e a toda criatura.
Atinando para o comprometimento didático com as Sagradas Escrituras, o Senhor Jesus Cristo adverte quanto à negligência ao conhecimento de sua palavra. “Errais não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus”. Mateus 22.29. Um traço marcante quanto ao comportamento pessoal de certos pregadores no Púlpito é que eles estão transformando a pregação em entretenimento gospel, show business, em palestras dignas de “contadores de causos”, se bem que há grandes contadores de causos dignos de boa oratória, nada contra.
Nessa perspectiva do orador é que se encontra lugar para se extravasar as experiências ditas “espirituais” de certos indivíduos que se acham mentores do juízo divino. Urge-se da arguição do falso pentecostalismo, como modelo de doutrina a ser aplicada por líderes jactanciosos e ávidos de ganância e poder para exaltar o ego de leigos e indoutos, ambos completamente fora dos parâmetros dialéticos de conhecimentos delineados pelo criador.
Imagem web
O empirismo fundamentalista, a carência de material didático e a
negligência “docente” desse falso pentecostalismo, é que tem
proporcionado os grandes escândalos no meio cristão, é uma cultura fora
da doutrina bíblica, de promoção pessoal, de sensacionalismo
“espirituoso”, de falsas profecias e comportamentos inadequados aos
quais nunca foi ensinado pelo mestre maior – o Senhor Jesus Cristo.
Agregando esses fatores colossais ao entretenimento pessoal, nada
mais há que se fortaleçam para a construção de valores amparados sob a
tutela das Sagradas Escrituras. Não precisa mais estudar a Bíblia, expor as
verdades nela contida e auferir seus valores a certo tipo de público.
Não, não precisa citar nem um versículo sequer, não se pode nem
falar de ou combater o pecado. Então o que é bastante para ouvir Deus
falar? Contar lorotas? Piadas? Bravatas? Etc... Sim, meu caro leitor, se fizer
o público rir e menear a cabeça em aprovação, é a glória do público e a do
pregador, é a evidência máxima do ovacionamento de si mesmo, um ao
outro, em detrimento das verdades bíblicas. Que Deus o Senhor nos
guarde desse mal.
Pb. Saul Bezerra.
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