quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O universo está em uma sincronia majestosamente assaz e matematicamente perfeita. Um silencio infinitamente assombroso de uma calmaria intergaláctica tão perene que emudece a criatura. Uma harmonia magnanimamente tão resultante de proporção e ordem que nem a razão e as ciências ousariam negar. Toda essa ordem, equilíbrio, perenidade, movimento e perfeição vem da mão do bom, do todo-poderoso, do Eterno Senhor! O maestro, arquiteto, projetista, idealizador e criador de toda essa hiperbólica realização da qual o ser humano é a imago Dei. Soli Deo Glória.

                                                                                                                                                             Saul Bezerra

O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, 
e ele lhes faz saber a sua aliança. 
Salmos 25.14.

As misericórdias e as grandezas de Deus proporcionarão aqueles que o temem uma verdadeira intimidade pelo relacionamento de um Deus imanente, soberano e cheio de bondade. Seus conselhos nos ajudarão a trilhar veredas que nos conduzirão ao ápice dessa intimidade pactual.
Seus aspetos nos permitirão a mais plena comunhão com o todo poderoso, a um relacionamento verdadeiro, profundo e providencial com o Deus criador de todas as coisas.
Portanto, uma aliança pactuada com o Senhor gera o conhecimento de uma Intimidade providencial com Deus. Quais aspectos dessa íntima aliança nos conduzem a revelação daquilo que Deus por seu poder e soberania estabeleceu na sua relação pactual com o seu povo? O texto sagrado nos conduzirá a sensatez desses aspectos iluminados pelo conhecimento dessa íntima aliança.
O primeiro aspecto dessa aliança é que o homem deve elevar sua alma ao Senhor confiando nele, sem reservas, sem murmurações ou qualquer outro termo de barganha condicionada a essa confiança. A confiança gera a proteção de Deus, os que confiam não serão envergonhados. 1-3
Outro aspecto é que Deus ensina e faz conhecer o caminho dos homens: guiando na verdade, trazendo a memória dos homens a sua eterna bondade e misericórdia e abençoando o tempo presente por sua benevolência. 4-7
Podemos notar nesse conhecimento pactual que a grandeza de Deus aponta o caminho dos pecadores: guiando os humildes na justiça, ensinando os mansos o caminho a seguir e apontando para veredas e misericórdias aos que guardam a sua aliança e os seus testemunhos. 8-10
Notável é que, intimamente o zelo de Deus por seu nome concede perdão aos pecadores apagando suas iniquidades. O Zelo de Deus instrui aquele que o teme no caminho que deve escolher, o Zelo de Deus o fará prosperar e seus descendentes herdarão a terra, o zelo do Senhor proporciona intimidade aos que o temem revelando a sua aliança e, zelo de Deus livrará dos laços da morte aquele lhe tem os olhos fitos continuamente. 11-15
Uma outra particularidade desse aspecto pactual é que Deus se compadece do aflito e desesperado: Deus se compadece e alivia de tribulações e angustias, Deus vê aflições e sofrimentos e perdoa pecados, Deus vê a quantidade dos que maquinam o mal, Deus acolhe a alma dos que nele se refugiam e Deus supre de integridade e retidão os que nele esperam. 16-21
O ápice pactual dos conselhos soberanos de Deus demonstram que o próprio Deus redime seu povo de suas angustias, no entanto, há algumas características que devem acompanhar a vida do pactuante para o estabelecimento e consolidação dessa aliança com Deus que deverão fundamentar uma vida de oração, piedosa e de comunhão para com o seu Senhor. Alguns verbos no infinitivo bombardearão nossa consciência com respeito a essa contrapartida na relação pactual de um Deus amoroso: elevar, confiar, crer na salvação, esperar, temer e perdoar entre outros. 22

       Uma aliança de intimidade relacional provém de uma vida conscienciosa aos pés do Senhor, perseverança continua de oração e dedicação especial como oferta de serviço cristão agradável e abnegado a Deus.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Mateus 28.9

Encontrar o mestre logo após o episódio da ressurreição proporcionou aos participantes dos acontecimentos que envolveram aquele contexto de grande relevância para o cristianismo, uma aura de convergência maravilhosa pela sublime e singular presença física de Jesus na pós-materialidade da crucificação do Senhor e salvador Jesus Cristo, que para muitos era motivo de espanto, de assombro.
Ex-post facto, ou seja, depois destes acontecimentos ocorreu o âmago da centralidade desse texto, o caloroso encontro entre o Jesus morto e desaparecido e aqueles que o viram face a face sob o argumento do texto sagrado em pressurosa vontade pela alegria de tão grande e desejoso encontro com o presente e ressurreto salvador; o Senhor Jesus Cristo.
 Por esta forma, podemos afirmar que um encontro verdadeiro com o mestre proporciona ao participante desse encontro uma transformação comportamental excelente na vida daqueles que querem seguir a Cristo, um comprometimento pessoal valoroso em níveis aceitáveis na execução do serviço cristão na obra de Deus. 
Em tempos de crises existenciais ocasionados por catástrofes quer sejam naturais ou provocadas pelo homem, dois sentimentos intrínsecos emergem da natureza humana: o primeiro é movido pelo assombro, pelo temor e as perdas irreparáveis – o retraimento circunstancial; o segundo pela conformação, por autoajuda e pela solidariedade – a visibilização da aceitação da realidade.
Estes sentimentos provocados pelas catástrofes existenciais moldam o ser humano levando-o a reflexão mais profunda de um relacionamento com o criador, fazendo-o pausar, mensurar o propósito de sua existência em relação ao seu semelhante e sua situação em relação ao Deus eterno criador de todas as coisas.
Olhando para o salvador, percebemos em Jesus um desejo glorioso de encontrar-se com aqueles que anelam por um encontro verdadeiro, desinteressado de coisas materiais, das coisas pelas quais ele ordenou que nos afastássemos e buscássemos em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, Mateus 6.33. Contudo, esse deve ser um encontro recheado de comunhão, de alegria no espírito e de adoração sem medida. Saindo Jesus ao encontro das mulheres que foram vê-lo saudou-as amorosamente dizendo: Salve. Mateus 28.9.
Essa saudação de Jesus exprime um comprometimento com o próximo, uma relação de afeição fraternal: Você está bem? Como vai sua saúde? Quantas pessoas neste momento estariam necessitadas de ouvir um salve de Jesus? Com certeza essa saudação de Jesus acalmaria muitos corações angustiados, aflitos, ansiosos, atormentados, cheios de cólera, de ira, de contendas, de separações, crises familiares, e as mais diversas formas de intolerância adotadas por homens e mulheres sem a perspectiva de um encontro amistoso na presença do grande Rei.
Interessante é e notável, aqueles que mesmo havendo estado com o mestre duvidaram da presença real do Senhor ressurreto, Mateus 28.17. Como há pessoas que precisam ouvir um salve de Jesus! Como há descrentes até mesmo entre os escolhidos por Deus!  Vemos em Tomé um ícone de incredulidade, muito embora fosse participante do ministério de Cristo; dez espias duvidaram da possessão da terra que mana leite e mel, terra onde a nação de Israel colhe alimentos dos quais jamais alguém pensou plantar no deserto;
Aquelas mulheres caíram aos pés do Salvador, abraçaram seus pés, o adoraram com amor sacrifical, o desígnio divinal mostra um encontro entre Mestre e servo, Senhor e criatura, entre o Deus-homem e o homem natural. Esse encontro anunciaria a toda à humanidade a vitória sobre a morte pelo evento sobrenatural da ressurreição de Jesus Cristo.
As grandes catástrofes como terremotos, as tsunamis, o temor da crise mundial e as fraquezas existenciais podem afetar a humanidade em seus graus e nuanças ou pela incidência dos seus acontecimentos, no entanto aqueles sentimentos intrínsecos que afetam a humanidade serão vencidos após um encontro verdadeiro com Jesus, após um salve de comunhão, de alegria, de bem estar e de passar bem, atenuando os tormentos da nossa alma, aliviando as feridas espirituais e aparando os verdugos da nossa insensatez.
Jesus sabe com maestria tocar o coração das pessoas após um encontro pessoal. Nicodemos, mestre em Israel, ficou maravilhado após um encontro que lhe revelou a verdade sobre o novo nascimento. João 3.4; o centurião creu na força e no poder de Jesus para curar seu criado, foi ao encontro de Jesus sentiu o efeito do seu poder e saiu maravilhado. Mateus 8.13; certa mulher atemorizada por haver tocado o mestre sabendo que ficara curada temeu o questionamento de Jesus. Quem me tocou? Prostrada diante de Jesus declarou-lhe a verdade daquilo que se lhe sucedera – a cura. Jesus compadecido de um sofrimento de doze anos tem um comportamento paternal, filha, a tua fé te salvou, vai-te em paz, fica livre desse mal. Marcos 5.33,34.
Diante dessa exposição das verdades acerca de um encontro verdadeiro com Jesus Cristo, qual a sua posição em relação a sua vida no reino de Deus? Você prefere encontra-se com Jesus ou vai postergar esse encontro? Certo grupo de jovens com 242 mortos em contagem parcial e outros oitenta internados, não estavam interessados encontrar-se com Jesus, resultado: perdas de vida e gravidades horrendas, perspectivas sombrias de perecimento pós-catástrofes e ajuste pessoal repentino com o Senhor da vida.
Tenha coragem, marque um encontro com Jesus, deixe-o inundar seu coração de paz, de alegria e de felicidades. O resultado desse encontro será: eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Mateus 28.20.

Presbítero Saul Bezerra