terça-feira, 18 de outubro de 2016


Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Efésios 5.23


Nesta epístola como em muitos outros livros relacionados com a palavra cabeça, esta expressão nos conduz a interpretação do Senhor Jesus Cristo como o Senhor da Igreja. Por cabeça entendemos que ele é o líder supremo, o comandante, o governador, provedor, o general da guerra que está sempre na frente, dirigindo, traçando planos e objetivos delineados pelo divino conselho da santíssima trindade.
Fazendo uma analogia entre Cristo o cabeça e o marido o cabeça, concluímos que há uma grande verdade entre o ensinamento do Senhor Jesus Cristo e o casamento ordenado por Deus. “Gn. 2.24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à. sua mulher, e serão uma só carne”.
Deus sujeitou todas as coisas ao senhorio do Senhor Jesus Cristo e para ser o cabeça sobre todas as coisas o deu a Igreja, Ef 1.22. Visualizamos neste versículo a chancela de Deus averbando um contrato divino, assinado nos anais do notarial conselho soberano do qual Cristo sumo sacerdote supremo, designou-se honrar para a glória de Deus Pai, aquela para o qual foi prometido.
O Senhor Jesus Cristo amou sua esposa – a Igreja.
Continuando com o análogo do Senhor Jesus Cristo e a Igreja, percebemos o grau de fidelidade da cabeça com o corpo. Sentimos o agir do chefe da casa, do marido exemplar, da sobriedade pactual e da imaculada ação soberana da pureza matrimonial do cabeça e a noiva, de Cristo e a Igreja. Note-se, não é de Cristo e “da” Igreja, é de Cristo em relação a igreja.
É uma simbiose ambígua da qual não se pode deixar-se servir o prato principal sem a sobremesa. Não há corpo sem cabeça! É o Cristo dos pactos ratificando a fidelidade conjugal, e a Igreja, maculada pelo joio, pelo desamor, pela infidelidade, e por todas as outras obras da carne, consumando o adultério que tão tenazmente tem manchado o pacto matrimonial por meio daqueles que de lábios impuros transgridem essa relação de amor.
Cristo Adulterou? Essa pergunta deve ser feita aos que dolosamente contrariam essa soberana vontade em pecar. A ira de Deus se manifesta em relação aqueles que quebram o acordo, o contrato: “Cl 3.5 Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência...; 6 pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”.
Cristo ama sua Igreja, são vários organismos que se fundem na formação do corpo, porém a cabeça é fundamental. Nela, a cabeça – Cristo, não vemos olhares perniciosos, segundas intenções ou qualquer outra forma de adultério, de corrupção. Isso é um valor fundamental para a visibilização da Igreja a integridade de caráter de seu cabeça, de seu líder.  “Colossenses 2.19 e não retendo a Cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com o aumento concedido por Deus”.
O casamento é uma instituição moldada nos parâmetros divinos, nas ordenanças exequíveis grafadas por Deus e de indissolubilidade constitucional eterna, exceto por "alforria" da morte. Portanto, o Senhor Jesus Cristo taxativa e peremptoriamente não adulterou, não permitiu e não permite o adultério. “Mt 19.6 Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”.
Comparando o perfil do amor de Cristo pela Igreja e do amor do marido por sua esposa, asseveramos a congruência desses dois contratos ajustados: um pela soberana intenção unilateral do Deus eterno, e o outro por escolha pessoal e, concordemente homologado por meio dos homens mediante testemunhas de autoridades cíveis e eclesiásticas unir-se em matrimônio com a total aprovação de Deus. “I Coríntios 11.3 Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo”.
Isto posto, conclui-se que o casamento diante de Deus é indissolúvel, pois, ainda que Deus possa prover a pessoa certa, se, e somente se, tais indivíduos buscarem essa direção de Deus aguardando no Senhor, Deus proverá um para o outro. Todavia, o mesmo Deus que o instituiu, homologa tanto um como o outro, chancelando a união das escolhas tanto do homem quanto da mulher serem os dois uma só carne, e uma só carne é indivisível. “Efésios 5.23 porque o marido é a cabeça da mulher”, logo, não se pode separar a cabeça do corpo; o marido da mulher, ambos são uma só carne.
Deus é o cabeça de Cristo. Cristo é o cabeça da Igreja. O marido é o cabeça da mulher. Vemos nesse aspecto uma dualidade divina movida por salvação; uma hipóstase divina transbordante de amor e de misericórdia pela criação; e, uma dualidade humana para, movidos entre si, darem prosseguimento a ideia primaz de Deus constituir a união de laços fraternos e de amor consolidar o bem maior da criação, a família.
Que Deus o eterno nos ajude. Chegar diante dele conservados, idôneos e em fidelidade sob o pilar fundamental dessa união divina.
“Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará. Hebreus 13.4

Pb. Saul Bezerra.

18.10.2016