quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Olá Petrus, espero te encontrar na santa paz de Cristo.
Querido Petrus. O texto que você posta no grupo FD não se parece em nada com evangelho do Senhor Jesus Cristo. Infelizmente o depoimento do Henrique Sebastião ao "O Fiel Católico", um blog sectarista, conduz apenas a intolerância e ao ódio preconizados por parte de alguns extremistas católicos romanos.
Fui conduzido ao catolicismo romano na minha adolescência e lembro-me muito bem de dona Antônia de saudosa memória, uma catequista de profundo amor pelas pessoas, tolerante, respeitável e amabilíssima pessoa.
Posso citar-lhe Madre Tereza, personalidade marcante na história católico-romana com um legado profundo em fazer o bem. “Podemos nos tornar um Hindu melhor, um Muçulmano melhor, um Cristão melhor”.
Ainda poderia citar outros: D. Aldo Pagoto, com que tive o privilégio de uma conversa rápida; P. Fábio de Melo; P. Marcelo Rossi; P. Jaelson pároco local e tantos outros padres praticantes da tolerância e da boa convivência entre cristãos.
Um texto com um depoimento tão longo apenas para ratificar a intolerância de duas pessoas que não entenderam a mensagem do evangelho e consolidar a Igreja Católica Romana como única detentora da benção de Deus, não tem nada a ver com o evangelho de amor. Não foi isso que os judeus tentaram fazer retendo por suposta primazia os oráculos de Deus? (Rm. 3.2; Hb. 5.12; I Pe. 4.11) Qual o resultado? Inimizade contra o Deus da graça, da misericórdia e do perdão. (Efésios 2. 14-22).
Pergunto. Onde está a verdadeira igreja neste episódio? Em alguém que questiona um costume de um povo por achá-lo anti-bíblico ou em alguém que acha que apenas a sua igreja – instituição – é a verdadeira?
Não quero entrar no mérito das instituições, pois Deus julgará todas elas. Se eu defendo uma instituição tenho também que reprovar suas más ações: a “santa inquisição” os meios cruéis de tortura e a venda de indulgências é um exemplo. Os falsos obreiros, falsos pastores, pedófilos, bandidos da prosperidade e tantos outros são maus exemplos que são motivos dos grandes escândalos pelos quais o apóstolo São Paulo combate.
Certo sacerdote (P.P.R.), é um desses sectaristas ortodoxo que para atrair público alvo para si agride evangélicos, ou seja, induz o ódio ao semelhante, entre católicos-romanos e evangélicos. Veja no youtube.
Nem o depoente nem a suposta “evangélica” do texto postado, compreenderam que o amor tudo suporta. I Co 13. 4-7. O apóstolo São Paulo quando se refere a cruz de Cristo, refere-se ao grande amor com que o próprio Cristo nos amou. Efésios 2. 4.


O que foi a Cruz para o Senhor Jesus?
Em primeiro lugar à cruz foi para o Senhor Jesus Cristo um cálice passível de sua mão. Pela dor, pelo escárnio, pela tortura e por todas as circunstâncias que envolveriam sua morte. Mt. 26.39a.
Mesmo antes de deixar-se alçar sobre ela, a cruz, também foi um ato de afirmação da aceitação do projeto salvífico para a humanidade pecadora, morta em delitos e pecados. Mt. 26.39b.
Em segundo lugar, a cruz, também foi um desígnio de obediência daquele que em tudo obedeceu ao ponto de se doar por uma humanidade que o crucificaria na própria cruz. Filipenses 2.8.
A cruz, era algo tão horrível que nem Pilatos queria sentenciá-lo, seria uma injustiça sentenciar a morte de cruz um homem inocente como o Senhor Jesus Cristo. Perguntou aos sacerdotes. Que mal fez ele? Mc 15.14.
Ela também, a cruz, foi motivo de escárnio para o salvador: despido e desprovido de sua integridade moral, nu, diante de seus escarnecedores. Mc. 15.20.
Aquela cruz, também tinha um peso excessivo do qual foi preciso um ajudante para o mestre suportar tamanho percurso sob dor e tortura. Mc. 15.21.
Naquela cruz, foi oferecido ao mestre vinho e mirra – resina de plantas de gosto amargo. Mc. 15.23.
Aquele instrumento mortífero (a cruz), recebeu os cravos que traspassaram as mãos e os pés do amado Senhor. Que dor! As marteladas nos cravos ferindo suas mãos e pés! Cruz que talvez, tenha sido também infortúnio de outras vidas. Mc. 15.24.
Aquela cruz foi também testemunha da partilha das suas vestes pelos soldados romanos.
A Citação de Paulo em relação a cruz de Cristo, faz referência ao seu sofrimento por amor daqueles que em pecado o crucificaram. O amor é o dom supremo. “Deus amou de tal maneira”. João 3.16. Essa tal maneira é que chama a atenção de Paulo, é imensurável, e foi isso que o Henrique Sebastião não entendeu, muito embora citando Paulo.  
Querido Petrus. As vezes não conseguimos nem perdoar quem nos magoa, as vezes perdoamos mas não esquecemos. Imagine atrairmos para nós esse simbolismo aplicado a cruz de Cristo. Essa cruz não está pesada demais! As vezes não questionamos com Deus? Nenhum ser humano suportaria aquilo que o Senhor Jesus Cristo suportou naquela cruz.
Não a censuro por sua reverência em relação ao sinal da cruz, e espero também não ser censurado por escrever-lhe mostrando uma outra visão de alguns argumentos que não tenha tido a oportunidade de conhecê-los.
Cristo nos chamou para a paz. Um cristão deve ter reverência pelo Deus eterno criador de todas as coisas. Um cristão também deve respeitar o seu próximo em amor como nos adverte o Apóstolo São Paulo.
 “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor”, Efésios 4.2.

Deus te abençoe Petrus. Jesus é um só.
(o nome Petrus é fictício, criado para ilustração)
.Pb. Saul Bezerra

10.08.2016