Teologicamente seria fácil
responder as perguntas que parte da sociedade faz neste momento de dificuldades
e dor pelo fato ocorrido ao suicídio do pastor.
Todavia, são perguntas de
difíceis respostas que demandam um “xeque-mate espiritual” não para os incautos,
os servos “mais propensos” a aceitarem os desígnios de Deus, mas, para os
supostos pseudos doutores do comportamento humano.
Os ataques virão: onde está Deus
que não interviu? Ele não era pastor? Como cuidava dos outros e não cuidou de
si mesmo?
Esses pseudos doutores, também
não podem responder quando a “navalha” fere seu corporativismo psíquico de
esfera estrutural acadêmica, quando abalada por ocorrências de suicídios entre
seus membros.
Nosso estado é testemunha de dois
suicídios impactantes mais ou menos no período de uns dez anos: uma psicóloga e
um psiquiatra tiraram a própria vida da mesma forma, saltando de um edifício. Silencio
corporativo.
Seria muito fácil apontar as
falhas dos suicidas! Porém, muito mais difícil entender a razão do ato. O que
fazer? Acusar? Sinto muito ou condolências? Exercer juízo (factíveis) para os
demais ficarem apreensivos? Mas essa não seria uma ação soberana do criador?
Hb. 9.27.
Teologicamente, ensinando ou
pregando seria bem mais fácil responder, ou não? Contudo, se fosse à família,
na ardência da dor, no funeral, alguém se habilitaria, ou usaria os gatilhos da
percepção de palavras evasivas? Seria ético?
Parece-me que, perdoar a quem não
pode pedir perdão seria a alternativa mais viável diante de uma resposta de
tamanha responsabilidade. Parece-me não errar em nada, parece-me não ferir ou
magoar quem quer que seja, muito menos a vítima. Seria o clímax do evangelho.
Parece-me. Que Deus o senhor nos ajude.
Paz, Presbítero Saul Bezerra.
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